ANDREIA DA SILVA SANTOS | PSICÓLOGA CLÍNICA E PSICOTERAPEUTA
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Além das linhas da razão

O problema da superprotecção!

1/28/2014

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“A adversidade tem o dom de despertar talentos ocultos que na prosperidade teriam ficado adormecidos”

                                                                                                                                                        Horácio

Neste texto pretendo reflectir sobre o problema da superproteção e simultaneamente da importância da frustração no processo educativo de cada um de nós.

A frustração é uma das condições essenciais para o nosso desenvolvimento, tanto ao nível do pensamento, das emoções e do comportamento. À partida esta afirmação pode parecer estranha, porque na realidade tendemos a evitar estar em situações que nos causem situações de frustração.  No entanto, quando estamos confortáveis, seguros e não há necessidades que precisam de ser preenchidas, naturalmente não há motivação para procurar novas soluções. Este processo é extremamente importante na educação de uma criança, porque é ainda enquanto crianças que devemos aprender a lidar com a frustração.

Muitos pais têm dificuldades em não frustrar os seus filhos, o que por um lado é natural porque lhes causa desconforto. Por outro lado, estão a impedir que os seus filhos tenham vivências inteiras com principio meio e fim. É também natural que as crianças peçam coisas, exijam atenção, façam chantagem, birras, não queiram cumprir regras, chorem, o que torna a tarefa de educar muito exigente.

Quando um pai interrompe uma vivência de frustração de um filho (ex: à primeira tentativa de uma criança tentar colocar um brinquedo num lugar e não consegue, os pais vão lá e colocam eles o brinquedo no sítio certo), o que é que acontece?

Em primeiro lugar, a criança não viveu a tristeza ou “dor” de não ter conseguido fazer a tarefa como era suposto, o que é extremamente importante para aprendermos desde cedo a estar com emoções que nem sempre são agradáveis mas que são importantes para o desenvolvimento da nossa estrutura psicológica. Em segundo lugar, impediu a criança de experimentar mais vezes e aprender a forma de colocar o brinquedo por si própria. Por último, a criança recebe a mensagem: “sou incapaz de fazer as coisas sozinha”, “sou incompetente”. É claro que os pais não o fazem com essa intenção mas ao superproteger a criança, ao fazer por ela, a dar sempre o que ela quer ou mesmo a ocultar verdades (separações na família, mortes) podem passar a mensagem que elas são mais frágeis e que não aguentam as situações. 

Nestas situações, os pais ao verem que as crianças estão a ficar aflitas com a situação podem sempre estar ao pé delas e incentivarem-nas a fazer por si próprias, por exemplo: pegar na mão delas e ajudar ou dizer que ela vai ser capaz. 

A frustração é assim uma forma importante de protecção, que contribui para um adulto com mais capacidade de se autonomizar.

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    Andreia Santos
    Psicoterapeuta

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