ANDREIA DA SILVA SANTOS | PSICÓLOGA CLÍNICA E PSICOTERAPEUTA
  • Home
  • Sobre mim
  • Psicoterapia
    • Adultos
  • Contactos

Além das linhas da razão

Vulnerabilidade: uma forma de construção 

3/12/2013

0 Comments

 


A palavra vulnerabilidade suscita quase sempre uma sensação pelo menos estranha. Por um lado é uma palavra pouco usada e por isso difícil de definir, por outro parece sugerir algo que não queremos “estar com”.

Podemo-nos sentir vulneráveis por um conjunto de situações internas e externas (ex: desemprego, sobrecarga no trabalho, sentir-nos frustrados, dificuldades em termos relacionais, sentir-nos ansiosos, deprimidos…).  

A questão é:”Será que alguns de nós podem viver sem se sentirem em algum momento vulneráveis?”. A resposta parece óbvia, uma vez que vivemos num mundo vulnerável, mas quando tentamos personalizar esta questão:” Quais são as suas vulnerabilidades?”, a primeira resposta parece ser:”eu não tenho vulnerabilidades ou não é suposto mostra-las”.

Porque teremos nós, tanto receio desta palavra? Aquilo que mais oiço a este respeito está relacionado com a ideia:”porque mostrar vulnerabilidade é mostrar as falhas ou fraquezas que eu tenho e os outros vão deixar de gostar de mim.” As palavras vulnerabilidade e falhas embora frequentemente associadas, elas não significam o mesmo. A vulnerabilidade, não tem nada de falha, pois refere-se às nossas experiências e à forma como nos sentimos.  

Proponho um exercício: Pensem em pessoas que vos sejam emocionalmente próximas ou com quem vocês se sintam bem. Agora pensem como construíram a intimidade nessas relações e como as mantêm. Muito provavelmente, um desses ingredientes é a partilha da forma como nos sentimos em diversas situações que nos vão acontecendo, vulgarmente chamado de “se abrirem connosco ou nós com os outros”. Desta forma, “Permitir-me vulnerabilizar é construir humanidade, é mostrar que sou Pessoa” (Vasco, A. B.).

No outro dia, ouvi um colega meu psicólogo, a utilizar uma metáfora para descrever aquilo que lhe sugeria vulnerabilidade:”Os alarmes de uma casa a tocar”. Deixo-vos então um desafio: Quando é que o vosso alarme toca?, O que é que é preciso para o vosso alarme tocar?

0 Comments

    Author

    Andreia Santos
    Psicoterapeuta

    Picture

    Archives

    September 2016
    November 2015
    April 2015
    September 2014
    June 2014
    March 2014
    January 2014
    November 2013
    October 2013
    August 2013
    June 2013
    April 2013
    March 2013
    February 2013

    Click to set custom HTML
      Receba no seu email cada post novo, basta introduzir o seu email!.

    Enter your email address:

    Delivered by FeedBurner

    RSS Feed

Powered by Create your own unique website with customizable templates.
  • Home
  • Sobre mim
  • Psicoterapia
    • Adultos
  • Contactos