ANDREIA DA SILVA SANTOS | PSICÓLOGA CLÍNICA E PSICOTERAPEUTA
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Além das linhas da razão

Será que vamos mesmo de férias?  - “vou só ver o email…”

8/20/2013

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Inúmeras são as expressões de desejo por aquele período do ano chamado férias: “Estou mesmo a precisar de férias!”, “Finalmente de férias!”. Todos nós precisamos daquele período justo de descanso reparador. O que aqui gostaria de reflectir convosco é precisamente esta definição central de férias o “descanso reparador”, um desligar do trabalho das preocupações, das novidades, das notícias, da vida dos outros, das exigências que somos submetidos ao longo do ano.

Acredito que cada vez menos conseguimos esse descanso, com a nossa constante ligação ao “mundo” através dos famosos “gadgets”.

Não é difícil encontrar alguém no meio de um grupo de amigos com um desses gadgets com ligação à internet, o que tem claramente as suas inúmeras vantagens, contudo esta “acessibilidade” faz com que não haja momentos em que estejamos desligados do mundo, das preocupações, do trabalho. O ir “ só ao email” ou postar alguma coisa no facebook, é uma porta de entrada para o mundo das preocupações e mais, uma porta para que os outros: amigos, colegas e patrões considerem que estamos sempre acessíveis.

Para além deste “não descansar total” soma-se outra questão que tenho verificado, parece que estamos cada vez menos habituados e por consequência com maior dificuldade em estarmos connosco próprios ou com os outros sem os mediadores tecnológicos.

Deparo-me com o facto de que parece difícil para as pessoas saírem de casa sem levar vários desses gadgets. Cada vez mais oiço a expressão “isto é uma seca sem televisão”, “emprestas-me ai o teu telemóvel para jogar um jogo na net, isto é uma seca”, “não tenho nada para fazer vou ver os emails”, é claro que muitas vezes nos sentimos aborrecidos e sabe bem que alguma coisa nos entretenha em vez de sermos nós a procurar isso. No entanto não é desses momentos que estou a falar, aquilo que verifiquei é que este tipo de verbalizações são uma constante e em lugares bonitos e com muita coisa para explorar.

E por último, uma questão que me toca especialmente, a perda do significado  “conviver” , foi para mim frequente ver e estar num grupo de pessoas em que cada um está a ver coisas no seu gadget sem que haja uma troca de palavras, vivem-se experiências individuais sem que haja partilha de uma experiência comum.  Parece-me importante, aprendermos a ter uma relação mais saudável com os nossos gadgets e resgatar mais a dimensão humana

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    Andreia Santos
    Psicoterapeuta

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